quarta-feira, 29 de junho de 2011

presente (e)terno

Isabel Mendes Ferreira

(para a IMF)

há o trigo e o joio. há o tempo chamado peneira. há as malhas que se apertam com o correr dos dias e com a invasão das rugas. em volta da garganta.
e nesse discurso da vida são cada vez mais parcas as pérolas ou rosas que merecem ficar retidas no baú que me acompanha os passos até ao derradeiro. são gotas de água, ou conchas. pode ser um aroma apenas. ou um abraço que é eterno.
é assim que vives em mim, enquanto vivo.

2 comentários:

Anónimo disse...

fico gota de água. dos olhos em água. derretidamente grata. muito. por esta malha tão tua. muito obrigada Angela. muito. beijooooooooooooo.





imf

Unknown disse...

a gota de água que me mata a sede.


OBRIGADA, Isabel!

beijo