sino da minha aldeia
que não tive
nem o sino nem a aldeia
saudades do teu ombro
onde não chorei
a saborear aquele
barco que não me
ensinaste a navegar.
tenho saudades
de tudo e de nada
dos quadros que não pintei
da música que não ouvi
e das paletas
e das cores
e das violetas
e dos amores
saudades do palco
que não pisei
saudades do grito
que abortei.
só não tenho saudades
de ter saudades
porque prefiro passear
nua junto ao mar.
1 comentário:
Saudade dura, esta...
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