pescador de memórias
pareceu-me ouvir-te
do lado de lá do tempo
do lado de cá do rio
onde as nuvens
se desenham maçãs
as gaivotas me tropeçam
nos olhos e o barco
fica na barra
incapaz de fotografar
tempestades.
resta o poema
límpido de lágrimas
para sobreviver
à dor do mar.
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